O dia Mundial do Meio Ambiente, 05/06, é o mote para o lançamento da série audiovisual Nossa Terra nas redes sociais de seus apoiadores. As imagens trazem os resultados positivos em geração de renda, proteção territorial, resgate cultural, produção sustentável, reflorestamento e segurança alimentar promovidos em terras indígenas ao sul do Amazonas.

Por três anos, sete associações foram beneficiadas pelo projeto Nossa Terra, que fortaleceu o protagonismo desses povos na implementação da PNGATI (Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental em Terras Indígenas) para a gestão de cerca de 2.6 milhões de hectares de floresta, valorizando seus conhecimentos tradicionais, promovendo o bem viver desses povos e a garantia de seus direitos por meio da implementação de seus próprios projetos e do fortalecimento institucional de suas organizações.

O Nossa Terra é apoiado pela USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) dentro da Parceria para Conservação da Biodiversidade da Amazônia; e implementado pelo IEB (Instituto Internacional de Educação do Brasil) e OPAN (Operação Amazônia Nativa) que, de outubro de 2016 a setembro de 2019, levou capacitações, oficinas e apoio a atividades a partir de propostas construídas junto às lideranças das associações.

“Estamos felizes em concretizar este trabalho em vídeos de alta qualidade junto aos parceiros de longa data, IEB e OPAN, certos de estarmos deixando um importante legado na preservação dos modos de vida dessas populações e ao Meio Ambiente”, afirma Anna Tones, diretora de meio ambiente da USAID/Brasil.

Resultados

O projeto contribuiu com a implementação da PNGATI em cerca de 50 Terras Indígenas. 34 comunidades foram apoiadas na melhoria de cadeias de valor do açaí, da castanha-do-brasil, farinha, manejo do pirarucu, além da implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF’s) e qualificação de seu artesanato.

“Territórios protegidos são mais resilientes, isso é muito claro no contexto que estamos vivendo, de pandemia: os povos com associações mais estruturadas conseguem articular melhor a proteção de sua gente e suas terras, por isso um trabalho como o Nossa Terra é tão importante acontecer na Amazônia”, diz Sonia Guajajara, coordenadora da APIB, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, que cedeu sua voz à narração do vídeo de abertura.

918 indígenas foram beneficiados economicamente, sendo 1/3 de mulheres. Cerca de 1.500 pessoas participaram atividades de formação.

“Enquanto 20% da floresta amazônica brasileira foi desmatada nos últimos 40 anos, as Terras Indígenas perderam apenas 2% de sua vegetação original. Os povos originários do Brasil são guardiões da floresta”, avalia Marcela Menezes, analista socioambiental do Programa Povos Indígenas do IEB.

A série se compõe por um vídeo de apresentação do projeto, seguido por sete vídeos curtos, onde os espectadores poderão entender as ações, as associações e as características das respectivas etnias, narradas pelas próprias lideranças.
A partir do dia 05/06 um episódio será lançado por semana no canal do Youtube do IEB, em todas as sextas-feiras subsequentes. (As imagens foram captadas e editadas pela produtora Coletivo 105 antes da pandemia da Covid-19).
Associações contempladas:

Associação do Povo Indígena Jiahui – APIJ; Associação do Povo Indígena Tenharim Morogitá – APITEM; Associação do Povo Indígena Tenharim do Igarapé Preto – APTIPRE; Organização do Povo Indígena Parintintim  do Amazonas – OPIPAM, Federação das Organizações e Comunidades Indígenas do Médio Purus – FOCIMP; Organização dos Povos Indígenas Apurinã e Jamamadi de Pauini – OPIAJ; e Organização dos Povos Indígenas Apurinã e Jamamadi de Boca do Acre – OPIAJBAM.

Assista ao vídeo de abertura da série: Nossa Terra
Informação para a imprensa: Clarissa Beretz
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