O Instituto Raoni (@institutoraoni), Instituto Kabu (@instituto_kabu) e Associação Floresta Protegida (@floresta.protegida) vêm a público manifestar o seu repúdio pela censura e tentativa de criminalização por parte da Polícia Federal da coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB – @apiboficial), Soninha Guajajara (@guajajarasonia).
A APIB, realizou ao longo do ano 2020 uma websérie denominada Maracá, onde se fizeram diversas e justas denúncias de violações aos direitos dos povos indígenas no Brasil em relação à pandemia. Inclusive, o teor dessas denúncias foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal na ocasião de seu acolhimento da ADPF 709, que instituiu o ainda pendente e urgente Plano Geral de Enfrentamento e Monitoramento da Covid-19 para os Povos Indígenas Brasileiros.
A pedido da Funai, a Polícia Federal intima Soninha para depor sob a acusação de difamar o Governo Federal. Devemos lembrar que o papel da Funai é zelar pelos direitos dos povos indígenas e jamais promover a perseguição de suas lideranças. É de conhecimento público a precariedade governamental na gestão e enfrentamento da pandemia assim como a necessidade de fazer frente a essa realidade com empenho e responsabilidade.
O povo Mẽbêngôkre manifesta sua solidariedade com Soninha e faz um alerta sobre a importância de garantir todos os direitos dos povos indígenas neste momento tão delicado.