Terceira edição do boletim Seu Direito é Nossa Pauta

Terceira edição do boletim Seu Direito é Nossa Pauta

 

#SeuDireitoÉNossaPauta

Esta é a recebendo a terceira edição do “Seu Direito É Nossa Pauta”, um boletim de áudio da Articulação do Povos Indígenas do Brasil (Apib) e Fian Brasil.

Em cinco programas, vamos falar sobre o marco temporal: uma ameaça que viola os direitos de todos os povos indígenas no Brasil. Hoje, vamos conhecer a história de luta e resistência do povo Terena.

Ouça os outros programas no link: https://goo.gl/q6CKNx

Nenhum quilombo a menos: quilombolas lançam campanha para evitar seu juízo final no STF

Nenhum quilombo a menos: quilombolas lançam campanha para evitar seu juízo final no STF

Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra o Decreto de Titulação Quilombola será analisada pelo STF no próximo dia 16. A ação coloca em xeque direitos das comunidades quilombolas. Assine a petição!

A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), entidade que representa mais de 6 mil quilombos em todas as regiões do país, lançou nesta sexta-feira (28), ao lado de outras organizações da sociedade civil, uma campanha para pedir que o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha a titulação de territórios quilombolas no Brasil. Assine você também a petição!

Veja mais no site do Instituto Sócioambiental

INDÍGENAS DE VÁRIOS ESTADOS DO BRASIL ESTARÃO EM BRASÍLIA PARA APONTAR DESAFIOS E ESTRATÉGIAS NA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

INDÍGENAS DE VÁRIOS ESTADOS DO BRASIL ESTARÃO EM BRASÍLIA PARA APONTAR DESAFIOS E ESTRATÉGIAS NA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

Mais de 100 povos indígenas são esperados em Brasília (DF), para participarem III Fórum Nacional de Educação Escolar Indígena – FNEEI. Esta atividade acontece na Universidade de Brasília (Centro Comunitário Athos Bulcão) entre os dias 15 a 19 de outubro de 2017. São esperados mais de 300 educadores indígenas vindos de vários estados do Brasil.

O Fórum Nacional de Educação Escolar Indígena é uma atividade permanente de educadores indígenas e indigenistas com o objetivo de participar do processo de concepção, implementação e avaliação da política nacional de educação para os povos indígenas, acompanhar, junto ao Congresso Nacional, a tramitação de projetos legislativos referentes à política nacional de educação para os povos indígenas, acompanhar e avaliar os impactos para os povos indígenas da implementação do Plano Nacional, dos Planos Estaduais e dos Planos Municipais de Educação, acompanhar e avaliar o processo de implementação das deliberações das conferências nacionais de educação escolar indígena e das conferências nacionais de educação, participar do processo de concepção, de definição da metodologia, da organização, da realização e da avaliação das conferências nacionais de educação e das conferências nacionais de educação escolar indígena, entre outras atribuições. A terceira edição do Fórum terá como tema: direitos humanos e educação indígena. Entre os assuntos que serão abordados no II FNEEI estão: direitos humanos e educação, BNCC e Ensino Médio Indígena.

Durante o evento também será realizada uma mostra da diversidade cultural indígena, que terá caráter informativo, educativo e de campanha para fortalecer e difundir o conhecimento das culturas indígenas e sua relevância para a diversidade cultural brasileira.

As Ações da Mostra pretendem dar visibilidade à cultural indígena, combater o preconceito e racismo, chamar atenção das instituições governamentais e da opinião pública para a necessidade da valorização da diversidade como vantagem pedagógica e construção de uma cultura de paz e tolerância.

A mobilização reunirá caciques, lideranças, mulheres, jovens, professores, estudantes, que vão expor os desafios enfrentados pelos povos indígenas relacionados à educação, saúde e denunciarão às autoridades governamentais e internacionais o descaso com a educação indígena no Brasil e o preconceito institucional.

Além das discussões, reuniões políticas e apresentações culturais, está prevista uma marcha pela educação indígena e uma audiência pública no Congresso com o erma: Direitos Humanos e Educação Indígena.

O evento é uma organização dos fóruns estaduais de Educação Escolar Indígena, movimento de professores indígenas e representação de entidades parceiras da educação indígena, entre elas a DKA, CIMI, APIB, FAIND/UFGD, UnB e UFAM.

Mais informações pelo e-mail: [email protected]

Contatos do Fórum: Profa. Teodora de Souza Guarani, Prof. Gersem Luciano Baniwa ou Prof. Neimar Machado de Sousa.

A programação completa pode ser acessada no site do Fórum: www.fneei.org

Contribua com a criação do Dossiê: Direito dos povos indígenas em contexto de golpe da Revista Vukapanavo

Contribua com a criação do Dossiê: Direito dos povos indígenas em contexto de golpe da Revista Vukapanavo

Será a primeira edição da Revista Terena, que abre a submissão artigos para ampliar a discussão sobre o etnocídio indígena no Brasil.
Com a promulgação do texto constitucional em 1988 inaugurou-se uma ordem jurídica no Brasil onde se rompe com o paradigma da tutela e reconhece os direitos originários dos povos indígenas às suas terras tradicionalmente ocupadas. Entretanto, após quase três décadas, avançamos pouco no que diz respeito à efetivação desses direitos culturalmente diferenciados. A situação se agravou a partir do momento em que as forças políticas e econômicas, arraigadas nas estruturas do Estado, passaram a se confrontar aos interesses das populações indígenas. Em um contexto de ruptura constitucional, ameaças concretas preocupam o movimento indígena brasileiro. Em face disso, a Vukápanavo: Revista Terena, primeira publicação científica organizada por pesquisadores indígenas, compreende que é urgente organizar um dossiê sobre as ameaças aos direitos dos povos indígenas em contexto de golpe, dada a insidiosa ação do regime de exceção instaurado no Brasil. Para tanto, convidamos os pesquisadores, indígenas e não-indígenas, a enviarem contribuições que possibilitem uma discussão acerca dos temas do etnocídio e da violação dos direitos culturalmente diferenciados, e que reflitam a aplicabilidade do direito dos povos indígenas no Brasil.

Prazo final de submissão: 30 de setembro de 2017
Site da revista: https://www.vukapanavo.com/
Email: [email protected]
Conselho Editorial:
Daniele Lorenço Gonçalves
Eder Alcântara Oliveira
Elison Floriano Tiago
Erick Marques
Evelin Tatiane da Silva Pereira
Luiz Henrique Eloy Amado
Simone Eloy Amado
Zuleica da Silva Tiago

Campanha #MulheresRurais lança concurso para agricultoras brasileiras

Campanha #MulheresRurais lança concurso para agricultoras brasileiras

No marco da campanha #MulheresRurais, mulheres com Direitos 2017, a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), em colaboração com a Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do Mercosul (REAF), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), e a Unidad para Mudança Rural (UCAR) da Argentina, e os parceiros institucionais e da sociedade civil do Brasil, convidam para o Concurso nacional de vozes, imagens, histórias e experiências das mulheres rurais, de 13 de julho a 15 de agosto de 2017.

O concurso é voltado às mulheres rurais e suas organizações, assim como às extensionistas rurais cujo trabalho está vinculado à redução das desigualdades de gênero no meio rural.
A partir das imagens e dos relatos de vida recebidos, as instituições organizadoras da campanha buscam dar voz às mulheres rurais e suas organizações, com o objetivo de aprofundar as experiências positivas e os desafios que enfrentam atualmente.

Para inscrever-se, basta preencher o formulário no final do texto. As experiências poderão ser apresentadas em forma de áudio, vídeo, texto, imagem ou fotografia. O material deve ser enviado junto com o formulário para o e-mail [email protected] , ou pelo WhatsApp (61)  9 9311.1820 até o dia 15 de agosto. No assunto do e-mail, a participante deve informar a categoria na qual deseja concorrer.  Mais informações podem ser encontradas no edital.

O projeto traz como tema o papel das mulheres no desenvolvimento rural e no
alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) http://www.un.org/sustainabledevelopment/es/objetivos-de- desarrollo-sostenible/ propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os materiais inscritos podem abordar assuntos como redução da pobreza rural, segurança alimentar e nutricional, inovação e infraestrutura, entre outros.

As ganhadoras do “Concurso vozes, imagens, histórias e experiências das mulheres rurais” irão participar da II Conferência de Mulheres Rurais, nos dias 27 a 29 de setembro, em Assunção, no Paraguai, onde acontecerá  premiação oficial.

Mais informações e anexos no edital

1107_Formulário de Inscrição 040717_Campanha #MulheresRurais lança concurso para agricultoras brasileiras

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Ataque à Retomada Yvu Vera deixa feridos no Mato Grosso do Sul

Ataque à Retomada Yvu Vera deixa feridos no Mato Grosso do Sul

Durante a noite passada e dia de hoje, a retomada Yvu Vera, em Dourados, Mato Grosso do Sul, foi atacada com fogos de artifício e há suspeita de que houve tiroteio no local.

O ataque teve início com donos de chácaras da região mobilizando jovens indígenas de outra aldeia para atacar a retomada. Há relatos de que uma caminhonete branca chegou a retomada com bebidas alcoólicas e caixas de fogos de artifício e mais de 80 jovens começaram o ataque. As famílias que estão no local tiveram suas barracas queimadas, algumas com pessoas dentro. Três pessoas ficaram feridas, uma delas, um senhor, foi hospitalizado com ferimentos graves provocados por golpes de facão.

Na região, segundo denunciam lideranças indígenas locais, existe um movimento que recebe diárias para se reunir e discutir como enfraquecer o movimento indígena e suas lideranças, e que apesar de ser composto por indígenas, não é reconhecido pelos Guarani Kaiowá. Eles defendem que existem pessoas que se autodeclaram indígenas mas não são, não falam a língua originária, nunca participaram das assembléias promovidas pelos povos e provocam confrontos, geram falsas acusações de brigas entre os indígenas.

A situação no local é tensa e os ataques devem se intensificar durante a noite. A polícia não fez nenhum tipo de intervenção até agora.

Como o Marco Temporal afetou os Guarani Kaiowá

Como o Marco Temporal afetou os Guarani Kaiowá

Ouça e compartilhe. Você está recebendo a segunda edição do “Seu Direito É Nossa Pauta”, um boletim de áudio da Articulação do Povos Indígenas do Brasil (Apib) com a Fian Brasil. Em cinco programas, vamos falar de uma ameaça que pode influenciar a vida de todos os povos indígenas no Brasil. Hoje, vamos falar como o povo Guarani Kaiowá, a segunda maior etnia do país, foi afetada pela tese do Marco Temporal.

O governo federal e o estado de exceção em relação a indígenas e quilombolas.

O governo federal e o estado de exceção em relação a indígenas e quilombolas.

No dia 20 de julho de 2017, a par de uma clara e inequívoca articulação com a bancada de parlamentares ruralistas formada no Congresso brasileiro, a Presidência da República chancelou parecer  da Advocacia Geral da União que para além de limitar os direitos dos povos indígenas e quilombolas, avança no sentido de constranger o Supremo Tribunal Federal que pautou para o próximo mês de agosto o julgamento de ações que dizem diretamente a esses povos, ou seja, quanto ao direito, ou não, de terem assegurados seus ancestrais direitos à luz do que prevê e fixa a Constituição de 1988.

Essa nefasta articulação que tem como pano de fundo a sustentação política do atual ( e ilegítimo ) Presidente da República, objetivando, dentre outras medidas, negar autorização à persecução criminal do mesmo ante o Supremo Tribunal Federal pelo Parlamento, simplesmente afronta de modo ignóbil e direto a Constituição da República fazendo    – o ato chancelado – tábua rasa dos preceitos fixados na Constituição Federal, arvorando-se  em uma decisão da Corte Suprema para uma caso específico e que não tem – e nunca teve – a extensão pretendida pelos setores do agronegócio e da mineração. Ou seja, uma decisão questionável e ainda em discussão tomada por parte do Supremo Tribunal Federal quando julgou, caso pontual (estamos nos referindo a o julgamento concernente à terra indígena Raposa Serra do Sol ), está sendo ardilosa e fraudulentamente utilizada pelo Chefe do Poder Executivo para ludibriar, enganar e corromper princípios constitucionais claros e taxativos de modo a manietar e impedir que os direitos dos povos indígenas e quilombolas sejam efetivamente respeitados pelo Estado brasileiro, que, pela elite racista e classista que dele se apoderou, simplesmente advoga verdadeiro etnocídio.

Esse texto não permite por sua extensão que nos aprofundemos em detalhes técnicos e legais, mas inexorável e irretorquível que o compromisso do atual governo com a maximização da exploração capitalista não tem limites – o que comprovam outras contrarreformas sociais de autoria do mesmo governo e que vêm sendo arrancadas a fórceps de um Congresso quase que totalmente comprometido com o rentismo e a exploração dos debaixo, contando com forte apoio da mídia burguesa. Para tanto valem todos os expedientes ao alcance da engenharia jurídica de corte reacionário que permeia esse ilegítimo governo, ainda que isso signifique rasgar a Constituição da República e implantar verdadeiro estado de exceção em relação a segmentos sociais vulneráveis politicamente.

A releitura, melhor, a interpretação casuísta e absolutamente descompassada   do conteúdo do disposto nos arts. 231 e 232 da Constituição da República, assim como do art.68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, sem embargo das regras regulamentares dessas balizas constitucionais, é meio e modo de, mais do que negar, surrupiar direitos dos indígenas e quilombolas, afrontando inclusive normativas internacionais as quais aderiu o Estado brasileiro.

O ato de chancela do (ilegítimo) Presidente da República é típico do arbítrio e atentatório aos princípios civilizatórios inscritos no Preâmbulo da Constituição de 1988. Se havia alguma dúvida sobre o desleixo com o ser humano por parte dos atuais governantes do Brasil, o ato em questão é sinal claro de que para além disso, há por parte dessa gente, o compromisso com a barbárie.

Rio de Janeiro, 22 de julho de 2017

Comissão de Direitos Humanos – OAB/RJ
Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas/RS
Conselho Indigenista Missionário – Regional Sul

4º Aty Kuña acontece em setembro de 2017

4º Aty Kuña acontece em setembro de 2017

O 4° Aty Kuña, a Grande Assembléia das Mulheres Guarani Kaiowá será nos dias 18 a 22 de setembro de 2017 em Kurussu Amba, município de Coronel Sapucaia no estado de Mato Grosso Do Sul. O encontro tem como principal objetivo discutir os Direitos de nós Mulheres Indígenas do Cone Sul de Mato Grosso do Sul, sendo o nosso principal espaço de voz e diagnóstico da realidade que as mulheres Kaiowa e Guarani vivem em seu cotidiano.

ENQUANTO HOUVER O SOM DO MBARAKÁ E DO TAKUAPU, VAI TER LUTA.

CONVITE DA ATY KUÑA_ RETOMADA ATY JOVEM (RAJ)

Foto: Mobilização Nacional Indígena