APIB NA COP30
A resposta somos nós!
Demarcação é
política climática!
Conheça nossa atuação na COP30 ↓
APIB na COP30: Nossos territórios
no centro da agenda climática
A COP30 terá a maior participação indígena da história de todas as Conferências do Clima. Mais de 4.000 indígenas, sendo aproximadamente 3.500 advindos de todos os biomas do Brasil – da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal e da Zona Costeira e Marinha, além de cerca de 500 representantes indígenas de todas as regiões do planeta.
Estaremos unidos em Belém, ecoando o chamado global pelo reconhecimento do nosso protagonismo e de nossas contribuições históricas na proteção de todos os biomas, na proteção da vida e no enfrentamento à crise climática. A resposta à emergência climática, somos nós.
A APIB reivindica que a COP30 seja um momento de virada. Um momento para colocar os povos indígenas e nossos territórios no centro das negociações sobre o clima. Sediar a COP30 no Brasil, na Amazônia, é uma oportunidade histórica de mostrar para o mundo a diversidade dos mais de 390 povos indígenas que habitam todas as regiões e biomas do Brasil, falantes de 295 idiomas originários.
Reconhecer, demarcar e proteger territórios indígenas não se trata apenas de implementar o que é de direito constituído e de reparação histórica. Trata-se, também, de política e ação climática.
Para que o Brasil atinja suas metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris, o país precisa enfrentar seus principais vetores de emissão de gases de efeito estufa. Hoje, aproximadamente 75% das emissões de CO2 do Brasil são consequência do desmatamento e da expansão agropecuária. Nossos territórios representam 13,8% do território nacional. Nos últimos 40%, o Brasil perdeu 14,8% de sua vegetação nativa. Sendo que, nos territórios indígenas, a taxa de desmatamento foi de apenas 1,2% no mesmo período.
A lógica é clara: para que o Brasil possa cumprir com seus compromissos climáticos, o Estado brasileiro deve frear o desmatamento em todos seus ecossistemas. E a saída para isso é proteger os povos que, devido aos seus modos de vida tradicionais, protegem diariamente nossos biomas contra o desmatamento. Assim, protegemos não apenas nossos territórios, mas o território nacional e a possibilidade de um futuro para as próximas gerações de todas as regiões do planeta.
Programação indígena na COP30
O movimento indígena brasileiro estará presente em mais de 300 eventos durante a COP 30, em todas as principais áreas de incidência (Zona Azul, Zona Verde, Aldeia COP, Cúpula dos Povos e casas da sociedade civil em Belém).
Confira nossa programação. Compartilhe os eventos em suas redes e se junte a nós nas demandas dos povos indígenas na COP30!
Terça - 04 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 14h – 18h | Cidade de Belém | Teatro Margarida Schivasappa | Reunião do Grupo de Trabalho Facilitador da Plataforma de Povos Indígenas e Comunidades Locais da UNFCCC |
Quarta - 5 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 09h – 18h | Cidade de Belém | Teatro Margarida Schivasappa | Reunião do Grupo de Trabalho Facilitador da Plataforma de Povos Indígenas e Comunidades Locais da UNFCCC |
| 15h | A definir | Rainbow Warrior Boat | Coletiva de Imprensa – Navio Greenpeace |
Quinta - 06 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 09h – 18h | Cidade de Belém | Teatro Margarida Schivasappa | Reunião do Grupo de Trabalho Facilitador da Plataforma de Povos Indígenas e Comunidades Locais da UNFCCC |
Sexta - 07 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 09h – 15h30 | Cidade de Belém | Teatro Margarida Schivasappa | Reunião do Grupo de Trabalho Facilitador da Plataforma de Povos Indígenas e Comunidades Locais da UNFCCC |
| 10h00 | Cidade de Belém | Museu Paraense Emílio Goeldi | Diálogo entre Lideranças Indígenas e Príncipe William do Reino Unido |
| 15h – 16h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Centro de Eventos Benedito Nunes (CEBN) – UFPA | IV Encontro Internacional de Comunidades Atingidas por Barragens e Crise Climática |
Sábado - 08 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 09h – 18h | Cidade de Belém | Teatro Margarida Schivasappa | Reunião Preparatória do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena) |
Domingo - 09 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 09h – 18h | Cidade de Belém | Teatro Margarida Schivasappa | Reunião Preparatória do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena) |
| 17h – 21h | Cidade de Belém | Embaixada dos Povos | Zonas de Exclusão – O Começo do fim da era dos Fósseis na COP 30 |
| 19h30 | Cidade de Belém | Stand BNDES | Amostra do Filme Piripikura |
| 09h30 – 12h | Cidade de Belém | Federação dos Trabalhadores Industriais do estado do Pará | Apresentação dos Povos contra o Extrativismo |
Segunda - 10 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 08h – 19h | Cidade de Belém | Quilombo do Abacatal, Ananindeua | V Encontro do Observatório de Protocolos Autônomos e X Seminário de Pesquisa: “Protocolos Autônomos e Jusdiversidade” |
| 09h – 10h | Zona Azul | Area C (Azul) – Sala de Eventos 3 | Reunião do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena) |
| 09h – 11h | Cidade de Belém | Campus de Direito do CESUPA | Capital que alavanca impacto: como garantir resultados reais? |
| 10h – 10h30 | Cidade de Belém | Casa Folha Av. Dr. Freitas 1.628 – Pedreira | Entrevista ao vivo para Folha de São Paulo Pauta: Expectativas da APIB para a COP 30 |
| 10h – 10h30 | Zona Azul | Espaço de Coletiva de Imprensa | Coletiva de imprensa – Impactos das mudanças climáticas nas comundidades |
| 11h | Cidade de Belém | CICC – Centro Integrado de Comando e Controle, Av. Alm. Barroso, 735 – São Brás, Belém | Reunião com CESIR – Segurança Integrada para COP30 |
| 14h – 15h30 | Cidade de Belém | Goeldi Campo de Pesquisa (Espaço Chico Mendes e Fundação Banco do Brasil) | Conversa dos Fundos Podáali e Puxirum com Fundação Banco do Brasil |
| 16h30 – 18h30 | Zona Azul | Ford Foundation Climate Justice Pavilion | Recepção de abertura do Pavilhão de Justiça Climática |
| 17h | Cidade de Belém | Casa Maraká | Abertura Oficial da Casa Maraká da Mídia Indígena |
| 17h | Cidade de Belém | Goeldi Campo de Pesquisa (Espaço Chico Mendes e Fundação Banco do Brasil) | Reunião Bilateral com o presidente da Fundação Banco do Brasil |
| 17h | Cidade de Belém | Teatro Waldemar Henrique | Abertura do espaço Central COP (confraternização) |
| 17h | Zona Azul | Panda Hub | Biomas em Resistência: Amazônia e Cerrado unidos por clima e direitos |
| 17h – 19h | Cidade de Belém | Museu Paraense Emílio Goeldi – Chalet da Estação AMAZÔNIA SEMPRE | Inauguração Oficial da Estação AMAZÔNIA SEMPRE no Museu Goeldi – COP30 |
| 18h | Zona Verde | Pavilhão do Ministério da Saúde – Instituto Evandro Chagas | Conexões Vivas: Povos Indígenas, Ciência e Tecnologias Ancestrais da Biodiversidade |
| 19h – 21h | Cidade de Belém | Casa do Jornalismo Socioambiental na COP30 | Aliança dos Povos em torno da Campanha A Resposta Somos Nós e o legado dos povos indígenas e comunidades tradicionais da resposta à luta climática |
| 19h – 21h | Cidade de Belém | Hotel Atrium | Fortalecendo meios de subsistência resilientes às alterações climáticas: lições e evidências da Amazônia |
Terça - 11 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 08h – 19h | Cidade de Belém | Quilombo do Abacatal, Ananindeua | V Encontro do Observatório de Protocolos Autônomos e X Seminário de Pesquisa: “Protocolos Autônomos e Jusdiversidade” |
| 09h – 10h | Zona Azul | Area C (Azul) – Sala de Eventos 3 | Reunião do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena) |
| 09h – 10h30 | Cidade de Belém | Museu Paraense Emílio Goeldi – Espaço Chico Mendes | Financiamento para Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais |
| 10h30 – 11h30 | Zona Azul | Pavilhão da Saúde | Doenças Infecciosas em um Clima em Transformação: Inovação, Equidade, Engajamento de Países e Comunidades |
| 10h30 – 12h | Cidade de Belém | Climate Hub – Travessa Capitão Pedro Albuquerque, nº 395 | Que perspectivas as experiências latino-americanas oferecem sobre como o litígio transnacional pode proteger ecossistemas, direitos e vidas? |
| 11h – 12h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Painel Tecnologia e Tradição: Inovação e Eficácia no Monitoramento Etnoambiental do Vale do Javari |
| 11h10 | Zona Azul | Pavilhão dos Povos Indígenas | Financiamento Direto para povos indígenas como ferramenta para uma Transição Justa |
| 12h – 13h | Zona Azul | Action on Food Hub, E156 | Alimentando o futuro com alimentos sustentáveis provenientes de florestas: como podemos mobilizar financiamento? |
| 12h30 | Cidade de Belém | Armazém 05, Porto Futuro II | Fórum Conexões pela Bioeconomia: destravando caminhos para um desenvolvimento de baixo carbono para a Amazônia |
| 13h – 14h30 | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Consultas com povos indígenas sobre consentimento livre, prévio e informado (CLPI), povos indígenas e empresas e direitos humanos |
| 14h – 15h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Crise climática na bacia do Xingu: fogo, água e segurança alimentar nos territórios indígenas e ribeirinhos |
| 14h – 15h | Cidade de Belém | R. Cônego Jerônimo Pimentel, 315 | A COP passa, e os territórios permanecem: diretrizes para a Filantropia Climática |
| 14h30 – 15h30 | Zona Azul | Pavilhão Nature Hub | Do Território à Ação Climática: O financiamento do TFFF para soluções lideradas por indígenas |
| 15h – 16h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Sistema de Governança como proteção do Território |
| 15h00 – 16h30 | Zona Azul | Side Events (SE Room 4) | Coalizão Negra por Direitos: Parceria com Afrodescendentes e Povos Indígenas para Justiça Climática |
| 15h15 – 16h00 | Zona Azul | E+C Pavilion | Práticas coloniais de exploração e as Estratégias de resistências nos territórios |
| 15h20 – 16h10 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | Diálogo entre Fundos Indígenas sobre o Compromisso 2.0 e além |
| 16h – 18h | Cidade de Belém | Amazon Climate Hub – R. Boaventura da Silva, 64 – Reduto | Painel – Justiça Climática e Autonomia Indígena: Integrando a defesa territorial, a proteção e as estratégias de resiliência nas políticas globais e nacionais |
| 16h15 – 17h15 | Zona Azul | Pavilhão da Cultura (Climate Live Entertainment & Culture Pavilion) | Roda de Conversa sobre Descolonização de Políticas Climáticas e Avanços em Justiça Climática |
| 17h | Cidade de Belém | Teia da Gente – Espaço do IEB na COP 30 | Celebração da Abertura do Espaço do IEB |
| 18h05 – 18h55 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | Saúde Climática: Danos ambientais e espirituais Impacto da exploração mineração/terras raras |
| 18h30 – 20h | Zona Azul | Evento Paralelo – Sala 2 | Fortalecendo a Gestão Comunitária de Áreas-Chave de Biodiversidade (KBA) e Mudanças Climáticas |
| 19h | Cidade de Belém | Coquetel de abertura Climate Justice Across Borders | |
| 19h – 20h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Estúdio da Rádio Nacional dos Povos | Jornal Nacional Indígena e Quilombola |
| 19h30 | Aldeia COP | Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará (UFPA) | Cerimônia Oficial de Abertura da Aldeia COP |
| A definir | Zona Azul | Food Roots and Routes Pavillion | Saberes Guarani como tecnologias ancestrais: guardiãs das sementes, cultura viva, espiritualidade e clima |
Quarta - 12 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 08h – 13h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Abertura Oficial da COP Indígena |
| 08h – 17h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Campus Profissional – Cúpula dos Povos (UFPA) | Cúpula das Infâncias – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 08h30 às 10h | Cidade de Belém | Casa COP do Povo | COP30 na Amazônia: Caminhos para proteção de territórios e enfrentamento às mudanças do clima |
| 09h – 10h | Zona Azul | Area C (Azul) – Sala de Eventos 3 | Reunião do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena) |
| 09h – 12h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Vila da Barca, UFPA | Barqueata – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 09h – 14h | Cidade de Belém | Escola das Artes Prof. Nazareno Moreira | Diretrizes para a Filantropia Climática |
| 09h – 13h | Cidade de Belém | Casa Niaré R. Bernal de Couto, 791, Umarizal | Raízes de Resistência: protagonismo das mulheres na Sociobioeconomia e na Ação Climática |
| 10h – 11h30 | Cidade de Belém | Centro de Eventos Benedito Nunes (CEBN) – UFPA. | Ato Político com Aliados no Seminário de Encerramento do IV Encontro Internacional (MAB e MAR) |
| 10h00-11h00 | Zona Azul | UK Government Pavillion | Tenonderã: Auto-Retrato em Realidade Virtual – Empoderando Vozes Indigenas por meio de Tecnologia Imersiva |
| 10h15 – 12h45 | Cidade de Belém | COP do Povo | Observatório Socioambiental: Direitos Humanos, Commodities e Desmatamento no Brasil |
| 11h15 – 12h15 | Zona Verde | A definir | Os impactos das mudanças climáticas para os povos indígenas isolados e de recente contato (PIIRC) |
| 13h – 14h30 | Zona Azul | Pavilhão da Fundação Ford | Cadeias de Valores responsáveis para minerais críticos: Justiça centrada nas pessoas e colaborações Sul-Sul |
| 13h00 – 13h30 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | Ritual de Abertura da COP Indígena |
| 13h30 – 15h00 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | Fórum Shandia: Mesa Redonda e Lançamento ds Compromissos Financeiros |
| 14h – 15h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | A PNGATI no Pará: Fortalecendo a Gestão das Terras Indígenas como Instrumento das Políticas Estaduais para Povos Indígenas |
| 14h30 – 16h | Cidade de Belém | Casa Sul Global – Av. Serzedelo Corrêa, 15, Nazaré, Belém/PA | Rede de Fundos Comunitários: Tema: Iniciativas Político-financeira dos territórios, frente aos desafios socioambientais e climáticos |
| 14h30 – 16h00 | Cidade de Belém | Casa do G9 | Workshop de intercambio de experiencias sobre monitoramento florestal para financiamento climático indígena |
| 15h | Cidade de Belém | Colégio Santa Catarina de Sena | Simposio de alto nivel da CNBB |
| 15h30 – 18h00 | Zona Azul | Área da Agenda de Ação – Sala de Ação 4 | A hora é agora: direitos humanos e obrigações dos Estados em relação às ações climáticas |
| 16h – 17h30 | Cidade de Belém | Casa da Cidade – Tv. Rui Barbosa, 257 – Térreo e Sala 05 – Reduto, Belém | Painel – Financiamento Climático: De Quem vem e para Onde (Não) Vai? |
| 16h30 – 18h | Cidade de Belém | Casa Maraká | Narrativas Digitais para a Justiça Climática |
| 16h45 – 18h15 | Zona Azul | SE Room 6 (Eventos Paralelos – Sala 6) | Amazônia Livre de Combustíveis Fósseis: os povos indígenas apresentação a solução |
| 17h – 21h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Cúpula dos Povos (UFPA) | Abertura da Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 17h30 | Zona Verde | Stand do MDHC | Saúde LGBTI+, Injustiça Ambiental e Mudanças Climáticas |
| 17h30 – 22h | Cidade de Belém | Casa Maraká, Avenida Nazaré, 630, Belém. | Mulheres pela Terra e pelo Clima |
| 18h – 22h | Cidade de Belém | Casa Maraká | Celebração: Mulheres pela Terra e pelo Clima |
| 18h30 – 20h00 | Zona Azul | Side Room 6, COP30 – Belém, Brazil | NDCs e direitos territoriais: fortalecendo a ambição climática nacional por meio da ação comunitária |
| 18h30 – 20:00 | Zona Azul | Sala 5 de Eventos Paralelos | Transições Resilientes: Saberes Indígenas e Governança Inclusiva para Adaptação e Justiça Climática |
| 19h – 20h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Estúdio da Rádio Nacional dos Povos | Jornal Nacional Indígena e Quilombola |
Quinta- 13 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 08h – 17h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Campus Profissional – Cúpula dos Povos (UFPA) | Cúpula das Infâncias – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 08h – 12h | Cidade de Belém | Social Innovation House Campus Alcindo Cacela II da Universidade CESUPA (Av. Alcindo Cacela, 980 – Umarizal) | Evento Reunindo-se ao redor do fogo |
| 08h30 – 12h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Auditório “Esperança” – UFPA | Plenária Eixo 3 (Transição Justa, Popular e Inclusiva) – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 08h30 – 12h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Ginásio “Unidade” – UFPA | Plenária Eixo 2 (Reparação histórica, combate ao racismo ambiental, às falsas soluções e ao poder corporativo) – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 08h30 – 12h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Tenda “Solidariedade”- UFPA | Plenária Eixo 1 (Territórios e Maretórios vivos, Soberania Popular e Alimentar) – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 09h – 10h | Zona Azul | Area C (Azul) – Sala de Eventos 3 | Reunião do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena) |
| 09h – 11h00 | Zona Azul | Pavilhão da Fundação Ford | Protegendo Direitos e Territórios indígenas para salvaguardar a vida e o clima |
| 09h – 12h30 | Cidade de Belém | Casa Maracá | Comunidade de Aprendizagem Shandia |
| 09h – 16h | Cidade de Belém | Ministério Público Federal | Tribunal Popular da COP do Povo (Tribunal dos Povos contra o Ecogenocídio) |
| 09h30 – 11h | Zona Verde | Zona Verde – Prédio da economia criativa | Fundos liderados por povos Indígenas da Amazônia Brasileira: Resultados concretos frente à crise |
| 10h às 12h | Cidade de Belém | Auditório Embaixada dos Povos (adicionar endereço) Cabe 30 pessoas | Gênero e juventude indígena na Amazônia: desafios e experiências de proteção dos territórios |
| 10h30 – 12h | Zona Azul | Pavilhão Rainforest | Corredores Territoriais Transfronteiriços: Ampliando a Proteção de Povos Indígenas Isolados |
| 10h50 – 11h40 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos na Zona Verde | Financiamento climático feminista para transiciones justas y territórios vivos |
| 11h – 12h20 | Cidade de Belém | Casa Balaio | Territórios emergentes – florestas públicas não destinadas COP30 |
| 11h30-12h30 | Zona Azul | UK Government Pavillion | Das raízes florestais à ação global: alianças populares e jovens por um futuro sem desmatamento |
| 11h45 – 12h35 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | Território é Solução Climática: As Contribuições Climáticas (NDCs) dos Povos e o Compromisso do Estado Brasileiro com a Justiça Fundiária |
| 12:30h – 13:30h | Zona verde | Pavilhão Belém +10 | Povos Indígenas e Iniciativas de Adaptação Climática no Brasil – Transformando política de adaptação em ação |
| 13h15-14h45 | Zona Azul | Sala 5 | Quais as propostas dos povos indígenas da Amazônia e da Mata Atlântica na COP30? |
| 13h30 – 14h20 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | A COP passa, e os territórios permanecem: diretrizes para a Filantropia Climática |
| 13h30 – 15h00 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | Financiamento direto para povos indígenas, Relatório Shandia 2024/25, Lançamento Conjunto dos Pledges: FCLP, FTFG e GATC |
| 13h30 – 14h15 | Zona Azul | Pavilhão da Colômbia | PIACI – Pelo direito a existir – Piacii e Mudanças Climáticas: a proteção de seus territórios como estratégia frente as mudanças climáticas |
| 14h | Cidade de Belém | Cine Líbero Luxardo – Avenida Gentil Bittencourt, nº 650 Nazaré – Belém | Cine-debate com a presença de grandes lideranças indígenas |
| 14h – 15h | Cidade de Belém | Auditório Museu Goeldi – Estação BID Amazônia Sempre | O Valor Econômico e Social das Cadeias da Bioeconomia na Amazônia: os casos do Brasil (Pará) e da Colômbia (Guaviare e Caquetá) |
| 14h – 15h | Cidade de Belém | Casa Folha Av. Dr. Freitas 1.628 – Pedreira | Evento sobre Transição Energética |
| 14h25 – 15h15 | Zona Verde | Pavilhão do Circulo dos Povos | Redes transnacionais para conservação e ação climática nas Terras Indígenas Mebengokre-Kayapó Evento no radar: Comunicação |
| 15h às 16h30 | Cidade de Belém | Tribunal Regional do Trabalho | Vozes das Amazônias: Ontem, hoje e amanhã |
| 16h – 17h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Experiência de formação do CAFI Parentinho com o objetivo de melhorar a qualidade da educação nas aldeias indígenas da Amazônia Brasileira |
| 16h – 22h | Cidade de Belém | Casa Maracá | Sistemas Alimentares |
| 16h – 17h | Zona Azul | Panda Hub | Mineração em territórios indígenas: impactos pelo mundo |
| 16h45 – 18h15 | Zona Azul | Evento Paralelo – Sala 4 | Transição Justa para Evitar o Inferno Climático: Projetos de Combustíveis Fósseis a Cancelar e Estratégias para fazer isso |
| 19h – 20h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Estúdio da Rádio Nacional dos Povos | Jornal Nacional Indígena e Quilombola |
| 19h – 22h | Cúpula dos Povos (UFPA) | UFPA | Atividades Culturais, Sessões Informativas sobre as negociações e Mobilizações – Cúpula dos Povos Rumo á COP 30 |
| 19h00 – 19h50 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | Agroecologia na Floresta Caatinga: uma experiência ancestral, árvores que curam e que alimentam |
| Manhã | Aldeia COP | Conversa com a Sra. Ilze Brands Kehris – Secretária-Geral Assistente para Direitos Humanos | Escritório de Direitos Humanos da ONU em Nova York | |
| Verificar horário (Manhã) | Zona Azul | Verificar Pavilhão Zona Azul | Evento Corredores Transfronteiriços |
Sexta - 14 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 08h – 17h | Cidade de Belém | Ministério Público Federal | Tribunal Popular da COP do Povo (Tribunal dos Povos contra o Ecogenocídio) |
| 08h – 17h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Campus Profissional – Cúpula dos Povos (UFPA) | Cúpula das Infâncias – Cúpula dos Povos Rumo á COP 30 |
| 08h00 – 08h45 | Zona Azul | OF-G54 (Global South Office, Blue Zone) | CT&I na COP: diálogo com negociador brasileiro |
| 08h30 – 12h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Ginásio “Unidade” – UFPA | Plenária Eixo 6 (Feminismo popular e resistências das mulheres nos territórios) – Cúpula dos Povos Rumo á COP 30 |
| 08h30 – 12h | Cúpula dos Povos (UFPA) | ICJ – UFPA | Plenária Eixo 5 (Cidades justas e periferias urbanas vivas) – Cúpula dos Povos Rumo á COP 30 |
| 08h30 – 12h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Tenda “Solidariedade” – UFPA | Plenária Eixo 4 (Contra as opressões, pela democracia e pelo internacionalismo dos povos) – Cúpula dos Povos Rumo á COP 30 |
| 09h – 10h | Zona Azul | Area C (Azul) – Sala de Eventos 3 | Reunião do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena) |
| 09h – 10h30 | Cidade de Belém | Escritório do IEB – Belém | Governança Territorial e Climática: Experiências Indígenas de Implementação da PNGATI na Amazônia Indígena |
| 09h – 12h | Cidade de Belém | Embaixada dos Povos | Panorama da seca extrema: monitoramento territorial, mitigação e adaptação na Amazônia |
| 09h – 12h (a confirmar) | Zona Azul | A definir | Manifestação Pacífica: A Resposta Somos Nós! |
| 09h – 18h | Cidade de Belém | Casa Apoena | Tamo no Clima: Direitos Humanos no centro da luta climática |
| 09h – 12h | Cidade de Belém | Igreja Episcopal Anglicana do Brasil – Diocese da Amazônia Av. Serzedelo Corrêa, 514 – Batista Campos, Belém – PA, 66035-400 | Tapiri Ecumenico e Inter-religioso: Juventude, mulheres e Lgbtqianp+ na luta por justiça climática e reparação social: como as mudanças climáticas aprofundam desigualdades e exigem respostas urgentes no Brasil |
| 09h – 12h | Cidade de Belém | Parque da Bioeconomia | O papel das lideranças nos fóruns de decisão e a importância da participação da juventude: A sociobioeconomia que queremos: jovens líderes de Povos Indígenas, Afrodescendentes e de Comunidades Tradicionais e Locais moldando a sociobioeconomia na Amazônia |
| 09h30 – 11h | Zona Azul | Pavilhão da Fundação Ford | Lançamento do Compromisso de Posse de Terra e Floresta dos Povos Indígenas, Comunidades Locais e Comunidades Afrodescendentes |
| 10h – 11h (Confirmação de horário) | Zona Verde | Pavilhão do Ministério da Saúde – Instituto Evandro Chagas | CAFI Parentinho: Crianças Indígenas da Amazônia – A Voz da Terra e a Raiz que Segura o Futuro |
| 10h55 – 11h30 | Zona Verde | Pavilhão Círculo dos Povos | Painel Povos Indígenas e o Artigo 6: Perspectivas a partir do Programa Kuntari Katu |
| 11h30 | Cúpula dos Povos (UFPA) | Cúpula dos Povos | Lançamento da Chamada das Mulheres Podáali e Umiab |
| 13h – 14h30 | Zona Azul | Mutirão pela Terra: Liderança de Povos Indígenas na Governança Climática Global | |
| 14h – 15h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Júri Ancestral |
| 14h – 16h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Cúpula dos Povos | Territórios amazônicos sustentáveis nas agendas educacionais do clima |
| 14h – 16h | Cúpula dos Povos (UFPA) | UFPA | Atividades – Enlaces dos Eixos de Convergência – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 14h – 16h | Cúpula dos povos | Atividade “Interseções entre advocacy jurídica indígena e advocacy jurídica de movimentos na luta por justiça territorial e climática ao redor do mundo.” | |
| 14h – 22h | Cidade de Belém | Museu de Arte de Belém (MABE) | M-Day: Dia do Mito da Mineração (ateliê aberto para produção artística: lambes, faixas e standarts; debate e exibição de filme) |
| 14h às 16h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Cúpula dos Povos | Painel Guardiões da Amazônia e do Pacífico: Povos Indígenas pela Transição Justa |
| 14h00-15h00 | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Territorios Guarani, Clima e Vida: a demarcação como ação climática |
| 14h30 – 16h | Cidade de Belém | Embaixada dos Povos | Ato “Saúde e Clima” |
| 14h30 – 16h | Cúpula dos Povos (UFPA) | UFPA | Assembleia dos Movimentos Sociais – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 15:30h | Zona Verde | Zona Verde – Rede Andrade Hangar Hotel, Belém/PA. | Lançamento da nova iniciativa global ‘Da Posse da Terra à Prosperidade da Comunidade: Promovendo Meios de Subsistência e Economias Coletivas para as Pessoas e o Planeta’ |
| 15h30 – 17h | Zona Azul | Pavilhão do ISA | Evento Paralelo: Alta integridade e salvaguardas sociais em programas jurisdicionais de REDD+: o papel das normas do mercado de carbono |
| 15h30 – 17h00 | Zona Azul | Pavilhão da Fundação Ford | Diálogo sobre o Pledge FTFG |
| 16h – 18h | Cúpula dos Povos (UFPA) | UFPA | Plenária Final – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 16h15 – 17h05 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | A Palavra que Sustenta a Floresta: Território Guarani, Espiritualidade e Clima |
| 16h15 – 17h15 | Zona Verde | Pavilhão Belém+10 | Rodada de Conexões Rápidas: Fundos Territoriais encontram Doadores |
| 16h30 – 18h | Cidade de Belém | Casa do Povo | Mesa – Povos e Comunidades Tradicionais em Emergência Climática: Sem Território não há Justiça Climática |
| 17h – 18h45 | Cidade de Belém | Rainbow Warrior – Porto da Universidade Federal do Pará (UFPA) | Financiamento de Acesso Direto: Ação para a Proteção das Florestas Liderada por Povos Indígenas e Comunidades Locais |
| 17h – 18h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Carta de Direitos Climáticos dos Adolescentes e Jovens Indígenas do Rio Negro |
| 18h | Cidade de Belém | Museo Goeldi | Convite Solene – 40 anos do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) |
| 19h | Cidade de Belém | Armazém do Tempo | Jaguar Parade (evento sobre a importância do monitoramento e da conservação de onças no contexto da proteção à biodiversidade e comunidades) |
| 19h – 20h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Estúdio da Rádio Nacional dos Povos | Jornal Nacional Indígena e Quilombola |
| 19h – 22h | Cúpula dos Povos (UFPA) | UFPA | Atividades Culturais, Sessões Informativas sobre as negociações e Mobilizações – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 20h | Cidade de Belém | Parque dos Igarapés | Parabéns e Confraternização dos 40 anos do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) |
| A definir | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | A Palavra que Sustenta a Floresta: Território Guarani, Espiritualidade e Clima |
Sábado - 15 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 08h – 17h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Campus Profissional – Cúpula dos Povos (UFPA) | Cúpula das Infâncias – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 08h30 – 11h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Mercado de São Braz – Aldeia Cabana | Marcha Global dos Povos |
| 09h – 10h | Zona Azul | Area C (Azul) – Sala de Eventos 3 | Reunião do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena) |
| 09h – 12h | Cidade de Belém | Centro de Ciências Sociais e Educação da Universidade do Estado do Pará (UEPA) – Travessa Djalma Dutra, s/n – Bairro Telégrafo, Entre Rua do Una e Municipalidade – Belém/PA | Mesa Temática “Resistência Mura e a Defesa do Território Frente à Mineração de Potássio” |
| 09h – 09h50 | Zona Verde | Círculo dos Povos | Auto demarcación y protocolo de consulta libre, previa e informada como mecanismo de protección territorial |
| 09h –13h | Zona Azul | O papel da liderança nos fóruns de decisão e a importância da participação da juventude | |
| 10h – 11h | Zona Verde | Espaço Instituto EV Chagas Zona Verde | Contribuições da Comunidade Científica e Tecnologica da Amazônia para a Agenda de Ação do Brasil |
| 11h15 – 12h15 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | Lançamento das Cartilhas “Terras Indígenas impactadas por Hidrelétricas” e “Terras Indígenas impactadas por empreendimentos de Petróleo e Gás” |
| 13h – 14h | Cúpula dos Povos (UFPA) | UFPA | Coletiva de Imprensa – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 14h – 16h | Cidade de Belém | UEPA, Travessa Djalma Dutra, s/n, Bairro Telégrafo – Belém/PA | Mesa de Financiadores (FNEEI) Tema: Financiar o Movimento de Educação Escolar Indígena para Adiar o Fim do Mundo |
| 14h – 16h | Cúpula dos Povos (UFPA) | UFPA | Atividades Enlaces dos Eixos de Convergência – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 14h – 15h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Evento Paralelo da Juventude da RRI: Lançamento do Roteiro Global da Juventude, Declaração de Justiça Climática da Juventude e Rede Global da Juventude |
| 14h25 – 15h15 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | Da Floresta ao Prato: Vozes Indígenas sobre a Expansão da Soja e a Responsabilidade Europeia |
| 15h – 16h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Exploração de Petróleo na Foz do Amazonas: Impactos e Resistências |
| 16h – 17h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Pandemia das Roças |
| 17h – 18h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Experiências com a PNGATI e PGTAs em Mato Grosso: Pensando a Adaptação Climática em Territórios Indígenas |
| 18h – 20h30 | Cidade de Belém | Local: Barco – Belém/PA | Diálogo sobre fluxos de recursos financeiros para a agenda de transição e justiça climática |
| 19h – 20h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Estúdio da Rádio Nacional dos Povos | Jornal Nacional Indígena e Quilombola |
| 19h – 22h | Cúpula dos Povos (UFPA) | UFPA | Atividades Culturais, Sessões Informativas sobre as negociações e Mobilizações – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 19h00 – 19h50 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | Fundos comunitários e para comunidades: em defesa do clima, da biodiversidade e do bem viver |
Domingo - 16 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 09h – 10h | Zona Azul | Area C (Azul) – Sala de Eventos 3 | Reunião do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena) |
| 09h – 11h | Cúpula dos Povos (UFPA) | UFPA | Audiência Pública com a Presidência da COP para Apresentação da Agenda Política – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 09h – 10h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Cúpula dos Povos | Mesa composta por 8 crianças que vão apresentar o Manifesto a “Resposta Somos Nós” |
| 10h – 11h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Painel Diagnóstico da Situação Administrativa e Jurídica das Terras Indígenas |
| 10h30 – 12h | Zona Verde | Pavilhão do MPF na Zona Verde | Painel “Justiça climática e o papel das mulheres na defesa dos territórios” |
| 11h – 12h30 | Cúpula dos Povos (UFPA) | Tenda “Solidariedade” – UFPA | Ato de Encerramento da Cúpula dos Povos – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 11h – 12h | Cidade de Belém | Estação Amazônia Sempre – Museu Goeldi (Auditório) | Painel Fundos comunitários e o acesso ao financiamento direto: como contribuem para a implementação dos planos de gestão territorial Participantes convidados: CONAQ, Fundo Quilombola (Mizizi Dudu), COIAB, Fundo Indígena (Poodali), COICA / Fundo Amazônia pela Vida |
| 14h – 15:30h | Cidade de Belém | Casa das Ongs Sede da Nova Acrópole – Belém Rua Cônego Jerônimo Pimentel, 315 | Indígenas por Memória e Justiça Climática |
| 14h – 15h30 | Cidade de Belém | Amazon Climate Hub, Casa Arayara, R. Boaventura da Silva, 64 – Belém | Guardiões do Clima e da Natureza: Defendendo Territórios e Avançando em Soluções |
| 14h – 15h30 | Zona Verde | Casa das ONGs | Justiça climática e Justiça de transição |
| 14h – 16h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Praça da República | Banquetaço na Praça da República – Cúpula dos Povos Rumo à COP30 |
| 15h – 17h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Atividade: O que está acontecendo com os direitos indígenas no Brasil? A Lei do Genocídio Indígena como vetor da paralisação das demarcações e da institucionalização do marco temporal; |
| 15h – 17h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Escuta dos Povos Indígenas: territórios, marco temporal e emergencia climática |
| 17:00 às 18:00 | Cidade de Belém | Rainbow Warrior – Navio do Greenpeace | Evento Mulheres defensoras da Terra |
| 19h – 19h50 | Zona Verde | Pavilhão Círculo dos Povos | Fundos comunitários e para comunidades: em defesa do clima, da biodiversidade e do bem-viver |
| 19h – 20h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Estúdio da Rádio Nacional dos Povos | Jornal Nacional Indígena e Quilombola |
| A definir | Defensoras da Sociobiodiversidade |
Segunda - 17 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 08h – Concentração | Cidade de Belém | Aldeia COP | Marcha Global Indígena – A Resposta Somos Nós |
| 09h – 10h | Zona Azul | Area C (Azul) – Sala de Eventos 3 | Reunião do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena) |
| 09h – 11h | Cidade de Belém | Auditório do Campus do Museo Emilio Goeldi | Evento: A importância do reconhecimento dos povos indígenas em isolamento e contato inicial como estratégia diante das mudanças climáticas – pelo seu direito de existir |
| 10:55h – 11:55h | Zona Azul | Pavilhão Indígena | Projetos de adaptação indígena brasileira |
| 10h – 10h30 | Zona Azul | Children and Youth Pavillion | CAFI Parentinho na Zona Azul Café da Manhã das Infâncias |
| 10h50 – 11h40 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | Avanços, Desafios e Perspectivas da Garantia de Territórios Indígenas na Amazônia Brasileira e na Amazônia Venezuelana: Experiências da COIAB, sua Rede e da ORPIA |
| 10h50 – 11h40 | Zona Verde | Pavilhão Círculo dos Povos | Painel Avanços, Desafios e Perspectivas da Garantia de Territórios Indígenas na Amazônia Brasileira e na Amazônia Venezuelana: Experiências da COIAB, sua Rede e da ORPIA |
| 11:15 – 12:15 | Zona Verde | Auditório Jandaíra, no Pavilhão do Brasil | Brasil em Ação: Soluções Azuis para o Clima |
| 11h – 11h50 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | Ato de Encerramento da COP Indígena – A Resposta Somos Nós |
| 12h30 – 14h00 | Zona Azul | SE ROOM 2 | CAFI Parentinho na Zona Azul Diálogo Intergeracional de Alto Nível sobre Mudanças Climáticas Convidados: Mary Robinson (Ex-Presidente da Irlanda), Ana Toni (Secretária Nacional de Mudança do Clima do MMA), Hindou Oumarou Ibrahim (copresidente do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas) e Ana Lucia Vilela (Presidente do Instituto Alana) Atividade: Leitura do Manifesto pelas crianças |
| 13h30 – 15h | Cidade de Belém | Teia da Gente – Espaço do IEB na COP 30 | Lançamento do Edital EntreCiências |
| 13h30 – 15h | Cidade de Belém | Teia da Gente – Espaço do IEB na COP 30 (Edifício Cristal Corporate, Av. Paulo Frota, 1500) | Lançamento do Edital de Pesquisa Indígena do Projeto EntreCiências |
| 14h – 15:30 | Cidade de Belém | Casa do Sul Global | Convite do Fundo Casa Socioambiental e do Fundo de Direitos Humanos para o painel “Justiça Climática e Defensoras/es: Financiamento para Proteção da Vida e dos Territórios” |
| 14h – 15h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Painel Indigenous knowledge for sustainable forest management in Suriname Agenda no radar: Comunicação |
| 14h00 – 15h00 | Zona Azul | Axis 2 Thematic Room | Avanço da posse de terras dos Povos Indígenas e Comunidades Locais |
| 14h25 – 15h15 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | Vozes do Sul: Conexões e Contrastes Indígenas na Luta por Território e Clima |
| 14h | Zona Azul (Hangar, Av. Duque de Caxias) | Pavilhão de Florestas | Construir confiança, criar valor compartilhado na floresta: Princípios para o envolvimento e desenvolvimento da comunidade |
| 17h – 19h | Zona Azul | Pavilhão da ONU | Evento Paralelo sobre o Programa Nacional de Saneamento Indígena (PNSI) e Resiliência Climática nos Territórios |
| 17h10 – 18h | Zona Verde | Pavilhão Círculo dos Povos | Painel Proteger Povos Isolados é Proteger o Clima: Perspectivas Indígenas para a COP 30 |
| 17h30 – 18h30 | Zona Azul | Pavilhão da WWF | Navegando pelos Direitos Humanos nas Cadeias de Suprimentos de Commodities: Um Chamado à Ação |
| 18h05 – 18h55 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | A Resposta Somos Nós: Solidariedade Global em defesa dos povos, territórios e da vida |
| 18h30 – 20h | Zona Azul (Hangar, Av. Duque de Caxias) | Side Events (SE Room 3) | Desmatamento, comércio e justiça climática: colocando os direitos no centro dos esforços globais de sustentabilidade na COP30 |
| 19h – 20h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Estúdio da Rádio Nacional dos Povos | Jornal Nacional Indígena e Quilombola |
| 19h – 23h | Aldeia COP | Aldeia COP | Encerramento Oficial da COP Indígena na Aldeia COP |
Terça - 18 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 09h – 10h | Zona Azul | Area C (Azul) – Sala de Eventos 3 | Reunião do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena) |
| 09h – 10h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Painel Lançamento do Calendário da Terra Indígena Tirecatinga – Mato Grosso |
| 10h – 11h | Zona Verde | Pavilhão do Brasil | Territórios Vivos, Futuros Possíveis: Estratégias Indígenas de Adaptação às Mudanças do Clima |
| 10h – 12h | Zona Azul | Pavilhão da Fundação Ford | Brasil e Indonésia: Troca de experiências sobre demarcação e proteção territorial |
| 10h –11h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Painel Apresentação do reconhecimento do conselho do mosaico gurupi |
| 11h | Zona Azul | Panda Hub / Zona Azul | Evento Protagonismo Social na Cadeia da Restauração |
| 11h – 11h30 | Zona Azul | Press Conference Room 2, Area D, Press 2 | COLETIVA DE IMPRENSA OFICIAL: Ameaças dos Combustíveis Fósseis e da Indústria aos Territórios dos Povos Indígenas nos Trópicos — Novo Estudo |
| 12h30 – 13h30 | Zona Azul | Pavilhão Brasil | PNGATI e justiça climática: a importância da gestão ambiental e da demarcação das Terras Indígenas no Brasil como estratégias de mitigação e adaptação climáticas |
| 12h30 – 13h30 | Zona Azul | Pavilhão Brasil | PNGATI e Justiça Climática: A Importância da Gestão Ambiental e da Demarcação das Terras Indígenas no Brasil como Estratégias de Mitigação e Adaptação Climáticas |
| 12h30 – 13h30 | Zona Azul | Pavilhão do Brasil Sala Cumaru | Ativismo socioambiental no Brasil: a importância histórica do ativismo jovem na luta pelos direitos humanos e da natureza |
| 13h30 – 14h30 | Zona Azul | Planetary Science Pavilion | Painel – Restaurando o Equilíbrio: Povos Indígenas e a Ciência |
| 14h – 15h30 | Zona Azul | Pavilhão da Floresta | País das Soluções: Redefinindo a Transição Justa na República Democrática do Congo |
| 14h – 16h | Zona Azul | Pavilhão da Ford Zona Azul | Evento Zonas de Exclusão |
| 14h30 – 15h30 | Zona Azul | Zona Azul, COP30, Sala de Conferencia de Prensa 2 (Área D) | Coletiva de Imprensa Amazonía libre de extractivismo: respuesta de los Pueblos Indígena a las negociaciones en la COP30 |
| 16h – 17h | Zona Verde | Pavilhão do Ministério da Saúde – Instituto Evandro Chagas Zona Verde | Proteger Povos Isolados é Proteger o Clima: Perspectivas Indígenas para a COP30 |
| 16h – 20h | Cidade de Belém | Hangar Hotel | Prevenção de Incêndios Florestais Tropicais: Liderança Local, Ambição Nacional e Financiamento |
| 16h30 – 18h | Zona Verde | Sala Coworking 03, Prédio da Escola de Economia Criativa | Protocolos autônomos comunitários como mecanismo para o fortalecimento da justiça climática em territórios tradicionais |
| 16h35 – 17h35 | Zona Azul | Pavilhão do Povos Indígenas | Financiamento da Justiça Climática: O papel dos Fundos Liderados por Povs Indígenas na Promoção de Soluções Climáticas Equitativas |
| 17h – 18h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Mulheres Indígenas Rumo à Ação Climática: Propostas para o Novo Plano de Ação de Gênero 2025–2035 |
| 17h – 19h | Cidade de Belém | Casa BNDES – Mini Auditório – Complexo dos Mercedários, Rua Boulevard Castilhos França, s/n | Diálogo Global Empresas e Direitos Indígenas |
| 17h30 – 19h | Zona Verde | Pavilhão Belém +10 | Comitês Nacionais de Comunidades Territoriais para uma Governança Climática Inclusiva no Âmbito do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) |
| 17h30 – 18h30 | Zona Azul | Pavilhão do Brasil Cumaru Zona Azul | Painel A urgência de agir pelas florestas: como acabar com o desmatamento e a degradação florestal globalmente até 2030? |
| 18h – 19h30 | Plataforma socioambiental | Tema: Justiça climática, financiamento e direitos humanos; desafios e articulações possíveis | |
| 19h – 20h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Estúdio da Rádio Nacional dos Povos | Jornal Nacional Indígena e Quilombola |
| 19h – 19h50 | Zona Verde | Círculo dos Povos | Painel Indigenous Sovereignty and the Bioeconomy in the Climate Era |
Quarta - 19 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 09h – 10h | Zona Azul | Area C (Azul) – Sala de Eventos 3 | Reunião do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena) |
| 09h30 – 10h30 | Zona Azul | Sala Temática do Eixo 2 da Agenda de Ação | Sem o Azul Não Há Verde: Conectando Amazônia e Oceano para a Ação Climática” |
| 09h30 – 12h | Cidade de Belém | Amazon Climate Hub – Rua Boaventura da Silva, 64 | Voces indígenas amazónicas: saberes, soluciones y acción climática desde el territorio |
| 10h | Zona Azul | Local das Coletivas de Imprensa | Coletiva de Imprensa: A Resposta Somos Nós |
| 10h – 11h | Cidade de Belém | Aldeia COP | Aldear a Política: Estratégias dos Povos Indígenas para Mitigação Climática nas Eleições 2026 |
| 10h – 11h | Zona azul | Pavilhão dos Povos Indígenas | Side Session “O que está acontecendo com os direitos indígenas no Brasil? A Lei do Genocídio Indígena como vetor da paralisação das demarcações e da institucionalização do marco temporal” |
| 10h – 12h | Zona Azul | Pavilhão da Fundação Ford | Ilegalismos e Violência na Região Amazônica |
| 10h – 11h | Aldeia COP | Geodésica – Aldeia COP | Painel Aldear a Política: Estratégias dos Povos Indígenas para Mitigação Climática nas Eleições 2026 |
| 10h – 12h | Zona Azul | Pavilhão da Justiça Climática da Fundação Ford Zona Azul | Painel Ilegalismo e Violência na Região Amazônica |
| 12h20 – 13h20 | Zona Azul | Pavilhão dos Povos Indígenas | Identificação e demarcação de Territórios Indígenas: Uma estratégia integram para a proteção da vida e do planeta |
| 12h30 – 14h30 | Cidade de Belém | TBD | Almoço com Fundação IKEA com discussão sobre emissoes e uso da terra, e conhecimentos e solucoes locais |
| 13h45 – 15h | Zona Verde | Pavilhão Belém +10 | O Futuro das Políticas de Desmatamento e Conversão Zero na Ambição Climática |
| 15h – 16h | Zona Azul | Pavilhão do Brasil – Auditório Cumaru | Anúncio Oficial do Programa de Proteção de Terras Indígenas (PPTI) |
| 17:00 – 18:00 | Cidade de Belém | Casa Balaio | Opiniões Consultivas e a Emergência Climática no Brasil: Compreendendo as Obrigações Relacionadas às Indústrias Extrativas, ao Desmatamento e aos Defensores Ambientais |
| 19h – 20h | Cúpula dos Povos (UFPA) | Estúdio da Rádio Nacional dos Povos | Jornal Nacional Indígena e Quilombola |
| 19h – 20h | Cidade de Belém | Rua Boaventura da Silva, 64 – Reduto | Painel: Quando o Lobby ea influencia indevida promovem injustiça climática |
Quinta - 20 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 09h – 10h | Zona Azul | Area C (Azul) – Sala de Eventos 3 | Reunião do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena) |
| 09h00 – 09h50 | Zona Verde | Zona Verde | Anúncio Oficial do Programa de Proteção de Terras Indígenas (PPTI) |
| 09h30 – 10h30 | Cidade de Belém | Casa da Ciência – Museo Goeldi | Discussão Multisetorial “Integração Regional Sustentável na Amazônia: fortalecendo as salvaguardas socioambientais nos investimentos em conectividade |
| 10h – 11h30 | Cidade de Belém | Casa Sul Global | Painel: Fundos Indígenas da Amazônia Brasileira: Resultados e impactos na vida dos povos e territórios indígenas |
| 11:00 – 12:00 | Cidade de Belém | Museu Goeldi (Av. Gov. Magalhães Barata 376, Belém) | Territórios Emergentes – Florestas Públicas Não Destinadas COP30 |
| 11h – 12h | Zona Azul | Blue Zone de la COP30 – IDB Pavilion. | Painel Wao Yasuní: Plataforma Financiera para la Autonomía Indígena |
| 11h – 12h | Cidade de Belém | Museu Goeldi | Painel Territórios Emergentes – Florestas Públicas Não Destinadas COP30 |
| 14h00 – 16h00 | Zona Azul | Pavilhão da Fundação Ford | Conflitos Territoriais e Defensores Ambientais |
| 15h – 16h | Zona Verde | Pavilhão do Brasil | A mãe do Brasil é indígena: soluções de adaptação e mitigação aliadas ao olhar indígena |
| 15h – 17h | Zona Azul | Pavilhão Alemão | O TFFF em Movimento: Navegando o Futuro do TFFF |
Sexta - 21 de novembro
| Horário | Área | Local | Evento |
|---|---|---|---|
| 09h – 10h | Zona Azul | Área C (Azul) – Sala de Eventos 3 | Reunião do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena) |
| 11h10 – 12h00 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | Avaliação do Movimento Indígena sobre os resultados da COP30 : O que podemos esperar para nosso futuro? |
| 12h – 13h | Zona Azul | SDG Pavilion | Preservando florestas por meio de ações baseadas em plantas: como políticas baseadas em plantas podem contribuir para múltiplos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) |
| 17h – 17h50 | Zona Verde | Pavilhão do Círculo dos Povos | Avaliação do Movimento Indígena sobre os resultados da COP30: o que podemos esperar para nosso futuro? |
Estratégia da APIB para a COP30
A principal exigência dos povos indígenas do Brasil para a COP30 é que a COP deixe um legado concreto de demarcação e proteção territorial, colocando no centro do debate climático os direitos dos povos que historicamente estão na linha de frente da proteção dos biomas e de toda a vida no planeta. Para isso, a estratégia geral da APIB para a COP30 inclui seis eixos de APIB atuação:
1. Articulação Política: Aliança Global de Comunidades Territoriais (GATC) e Cúpula dos Povos rumo à COP30
A) Aliança Global de Comunidades Territoriais (GATC)
A APIB é um dos cinco membros-fundadores da Aliança Global de Comunidades Territoriais (GATC, pela sigla em inglês), uma plataforma política de Povos Indígenas e Comunidades Locais que está unida, desde 2015, na defesa da Mãe Terra para o benefício presente e futuro de toda a humanidade. Garantimos nossa legitimidade e representatividade política graças aos processos democráticos, desde a comunidade até o nível plurinacional.
Nossa Aliança representa 35 milhões de pessoas que vivem em territórios florestais de 24 países na Ásia, África e América Latina. Juntos, somos defensores de mais de 958 milhões de hectares de terra.
As cinco organizações que conformam a Aliança Global de Comunidades Territoriais são: a Aliança Indonésia dos Povos Indígenas do Arquipélago (AMAN); a Aliança Mesoamericana dos Povos e Florestas (AMPB); a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB); a Coordenadora das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA); e a Rede de Populações Indígenas e Locais para o Manejo Sustentável dos Ecossistemas Florestais da África Central (REPALEAC).
A Aliança Global está politicamente estruturada em cinco eixos de incidência:
- Direitos Territoriais
- Consentimento Livre, Prévio e Informado
- Financiamento Direto
- Proteção da Vida
- Conhecimento Tradicional
Para promover o acesso direto das organizações indígenas e de comunidades locais ao financiamento climático, a GATC criou, em 2022, a Plataforma Shandia, a qual busca articular e fortalecer os mecanismos de financiamento direto das organizações-membro da Aliança Global.
Conheça mais sobre a Aliança Global de Comunidades Territoriais aqui, e sobre a Plataforma Shandia aqui.
B) Cúpula dos Povos rumo à COP30
A APIB compõe a Cúpula dos Povos rumo à COP30, uma articulação política que reúne mais de 1.000 organizações de movimentos sociais e da sociedade civil a nível global. A Cúpula dos Povos foi criada em março de 2023, para construir uma representação unificada que exprime a diversidade dos biomas e das vozes dos movimentos sociais e populares, apresentando um conjunto de eixos e de bandeiras de luta que busca transformar a realidade e construir um futuro popular. Os seis eixos centrais de articulação da Cúpula dos Povos são:
- Eixo I – Territórios e Maretórios vivos, Soberania Popular e Alimentar
- Eixo II – Reparação histórica, combate ao racismo ambiental, às falsas soluções e ao poder corporativo
- Eixo III – Transição Justa, Popular e Inclusiva
- Eixo IV – Contra as opressões, pela democracia e pelo internacionalismo dos povos
- Eixo V – Cidades justas e periferias urbanas vivas
- Eixo VI – Feminismo popular e resistências das mulheres nos territórios
2. Governança e Participação Indígena
Historicamente, nós, povos indígenas, sempre estivemos na defesa dos nossos territórios, que são indissociáveis dos nossos modos de vida e, desse modo, somos protagonistas, na prática, no enfrentamento das mudanças climáticas. Exigimos que os Estados e todos os atores reconheçam nosso papel na linha de frente dessa luta e nos incluam no centro das tomadas de decisão acerca dos nossos territórios, corpos, e de toda a vida.
Assim, intensificamos, nos últimos anos, a participação e a governança indígena em distintos espaços de influência e de tomadas de decisão sobre questões climáticas. Atualmente, a APIB e nossas organizações regionais possuem representação direta nos seguintes espaços de governança relacionados à agenda climática e às incidências para a COP30:
- Aliança Global de Comunidades Territoriais (GATC, pela sigla em inglês)
- Cúpula dos Povos rumo à COP30
- Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (Caucus Indígena)
- Grupo de Trabalho Facilitador da Plataforma de Povos Indígenas e Comunidades Locais do Órgão Subsidiário para Assessoria Científica e Tecnológica da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (FWG/LCIPP/SBSTA/UNFCCC, pela sigla em inglês)
- Enviada Especial Indígena para a COP30
- Comissão Internacional Indígena do Círculo dos Povos
- Plataforma de Povos Indígenas e Comunidades Locais da Parceria dos Líderes Florestais e Climáticos (FCLP, pela sigla em inglês)
- Comitê Diretivo Global para Povos Indígenas e Comunidades Locais do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, pela sigla em inglês)
Através de nossa incidência direta e da participação de nossos representantes nesses distintos mecanismos, conseguimos pautar diretamente e ativamente nossas demandas, expectativas e contribuições para a COP30 e para os nossos povos e territórios.
3. Agenda de Negociação: NDC Indígena
Cientes de nosso protagonismo e da nossa liderança na agenda climática, construímos coletivamente as demandas dos Povos Indígenas do Brasil para as metas climáticas brasileiras, a NDC Indígena, em referência às Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla inglês), que são os compromissos climáticos assumidos pelos países signatários do Acordo de Paris. Esse documento é a principal referência orientadora das demandas do movimento indígena para os debates que ocorrem no âmbito da agenda oficial que os países membros da UNFCCC terão durante a COP30, ou seja, a Agenda de Negociação.
A NDC Indígena foi construída coletivamente ao longo de 2025, a partir de diversos debates entre representantes políticos de Povos Indígenas (entre lideranças de todo o Brasil, dos demais países da Bacia Amazônica, dos países da Bacia do Congo, Indonésia e América Central) e também através de intercâmbio com povos de outros segmentos igualmente fundamentais na luta contra a crise climática, como os Povos e Comunidades Tradicionais ou Comunidades Locais.
A NDC Indígena qualifica os motivos pelos quais a demarcação dos territórios indígenas deve ser reconhecida pelo Estado Brasileiro como uma política de mitigação climática, enquanto que a proteção dos territórios indígenas, especificamente, a implementação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI), deve ser reconhecida como política de adaptação climática. A NDC reivindica que tais reconhecimentos sejam incorporados ao Plano Clima Nacional, com metas específicas e monitoráveis.
O documento também apresenta as demandas e as contribuições dos povos indígenas em outros temas relacionados à agenda de negociação no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), a exemplo do acesso direto dos povos indígenas ao financiamento climático, como reconhecimento de nosso protagonismo na luta contra a crise climática. A APIB exige que a NDC Indígena seja oficialmente reconhecida pelo Estado brasileiro, sendo incorporada à NDC oficial do país.
A NDC Indígena apresenta 37 propostas estruturadas em sete eixos temáticos:
- Mitigação: Demarcação e proteção de territórios indígenas como política e ação climática
- Adaptação: Planos climáticos baseada em nossos modos de vida e governança tradicionais
- Transição Justa: Fim dos Combustíveis Fósseis Sem Mineração e Exploração Energética em Nossos Territórios
- Financiamento Climático: Acesso Direto e Proporcional ao Financiamento Climático
- Justiça Climática: Respeito aos Direitos Indígenas e Observância à Participação Indígena
- Conhecimento Tradicional & Formação Climática Culturalmente Adaptada
- Conexão entre Clima, Biodiversidade, Desertificação, e Oceanos
4. Agenda de Ação
Durante as Conferências do Clima (COPs), acontecem dois grandes tipos de agendas. A primeira é a Agenda de Negociação, que faz parte das atividades oficiais da UNFCCC e reúne os acordos formais entre os países. Como essas decisões precisam do consenso de todos os países-membros, elas costumam ser menos ambiciosas.
Em paralelo, existe a Agenda de Ação, formada por iniciativas voluntárias — em sua maioria não obrigatórias — que buscam ir além dos compromissos oficiais. Por isso, essas ações costumam ser mais ousadas e ambiciosas do que as definidas na Agenda de Negociação.
Ao longo de 2025, a APIB incidiu em diferentes iniciativas no âmbito da Agenda de Ação, para as quais reivindicamos anúncios de compromissos concretos durante a COP30.
- Compromisso Intergovernamental de Reconhecimento Territorial da Parceria dos Líderes Florestais e Climáticos (Forest & Climate Leaders’ Partnership – FCLP): A Parceria dos Líderes Florestais e Climáticos (FCLP) é uma coalizão governamental lançada em 2021, durante a COP26 de Glasgow, que reúne mais de 30 países e a União Europeia. A FCLP foi criada com o objetivo de fomentar compromissos de alto nível desses países em relação a florestas, uso da terra e clima, e em relação aos direitos dos Povos Indígenas e Comunidades Locais. A APIB, via GATC, compõe a Plataforma de Povos Indígenas e Comunidades Locais da FCLP (lançada na COP28 de Dubai) e, via a Plataforma, incide desde 2024, para que a FCLP anuncie na COP30 o Compromisso Intergovernamental de Reconhecimento Territorial (Intergovernmental Land Tenure Commitment), o qual busca garantir o compromisso inédito de uma meta global de reconhecimento de territórios indígenas e de comunidades locais, ou seja, incluindo metas de demarcação, para os próximos cinco anos.
- Grupo de Financiadores da Posse Florestal (Forest Tenure Funders Group – FTFG): Em 2021, durante a COP26 em Glasgow, um grupo de doadores se organizou em torno do Forest Tenure Funders Group (FTFG) para estabelecer o primeiro Compromisso com o objetivo de fortalecer os direitos de posse da terra dos Povos Indígenas e Comunidades Locais (IP&LCs). O compromisso surgiu como resposta a um fato amplamente reconhecido: menos de 1% da Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (AOD) global foi direcionada a iniciativas relacionadas a IP&LCs, apesar de seu papel essencial na conservação florestal, mitigação climática e proteção da biodiversidade (Rainforest Norway, 2021).
O lançamento do Compromisso representou um marco significativo. Pela primeira vez, um grupo substancial de doadores bilaterais e filantrópicos se comprometeu publicamente com uma meta financeira concreta: investir pelo menos US$ 1,7 bilhão ao longo de cinco anos em ações relacionadas aos direitos dos IP&LCs em regiões de florestas tropicais. O objetivo principal era apoiar a segurança da posse da terra e fortalecer as organizações representativas dos povos e comunidades florestais.
- Fundo Florestas Tropicais para Sempre (Tropical Forest Forever Facility – TFFF): O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) é uma iniciativa global proposta pelo Governo do Brasil, em colaboração com o Banco Mundial e parceiros internacionais, com o objetivo de mobilizar recursos de longo prazo para a conservação das florestas tropicais e o reconhecimento de seus serviços ecossistêmicos. O objetivo do TFFF é criar um mecanismo financeiro permanente capaz de garantir pagamentos recorrentes aos países e comunidades que mantêm suas florestas em pé, contribuindo assim para a mitigação das mudanças climáticas, a preservação da biodiversidade e o fortalecimento das economias locais sustentáveis.
A APIB, através da Aliança Global de Comunidades Territoriais (GATC) e sua Plataforma Shandia, decidiu se engajar ativamente no processo de co-desenho do TFFF, por considerar que a iniciativa é uma oportunidade concreta de transformar a arquitetura do financiamento climático. Essa transformação requer a inclusão explícita e o compromisso com o financiamento direto para organizações e mecanismos liderados por Povos Indígenas e Comunidades Locais, garantindo que novas iniciativas globais de financiamento sejam construídas com base nos princípios da autodeterminação e do direito à participação significativa. Além disso, buscamos garantir que todos os recursos mobilizados por meio do TFFF sejam orientados por uma visão que respeite e integre plenamente os conhecimentos, práticas e direitos dos Povos Indígenas, que são fundamentais para a proteção dos ecossistemas tropicais.
Ao longo do processo de concepção, a APIB, em conjunto com a GATC, contribuiu para a inclusão de duas modalidades específicas de financiamento direto, garantindo que pelo menos 20% dos recursos do TFFF sejam alocados a fundos e mecanismos territoriais liderados por Povos Indígenas e Comunidades Locais. O próximo passo é garantir que esse compromisso seja efetivamente implementado por meio de critérios de elegibilidade claros, salvaguardas sociais e ambientais adequadas, e arranjos de governança que respeitem a autodeterminação e a liderança dos Povos Indígenas. Somente assim o TFFF poderá realizar seu potencial transformador e consolidar um novo paradigma para o financiamento climático global.
Conheça mais sobre o TFFF aqui, e sobre o posicionamento da APIB e da Aliança Global de Comunidades Territoriais (GATC) sobre o TFFF aqui.
- Grupo de Financiadores sobre Florestas e Posse da Terra (Forest Tenure Funders Group – FTFG): Em 2021, durante a COP26 em Glasgow, uma articulação de doadores se organizou em torno do Grupo de Financiadores sobre Florestas e Posse da Terra (FTFG, pela sigla em inglês) para estabelecer o primeiro compromisso (pledge) de fortalecer os direitos de posse territorial dos Povos Indígenas e Comunidades Locais. O compromisso surgiu como resposta a um fato amplamente reconhecido: menos de 1% da Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (AOD) global foi direcionada a iniciativas relacionadas a Povos Indígenas e Comunidades Locais, apesar de nosso reconhecido papel essencial na conservação dos biomas, mitigação climática e proteção da biodiversidade (Rainforest Norway, 2021).
O lançamento desse compromisso representou um marco significativo: pela primeira vez, um grupo substancial de doadores bilaterais e filantrópicos se comprometeu publicamente com uma meta financeira concreta: investir pelo menos US$ 1,7 bilhão ao longo de cinco anos em ações relacionadas aos direitos dos Povos Indígenas e Comunidades Locais em regiões de florestas tropicais. O objetivo principal era apoiar a segurança da posse da terra e fortalecer as organizações representativas dos povos e comunidades florestais.
Com a conclusão do primeiro compromisso do FTFG em 2025, a APIB, por meio da Aliança Global de Comunidades Territoriais e da Plataforma Shandia, passou a incidir pelo anúncio de um segundo compromisso a ser lançado na COP30. Essa nova proposta reivindica um aporte financeiro mais ambicioso que o anunciado em Glasgow, com recursos destinados especificamente ao financiamento direto de povos indígenas e comunidades locais. Além disso, defende que o compromisso não se restrinja apenas aos ecossistemas florestais, mas abranja todos os biomas, reconhecendo a presença e os direitos dos povos indígenas em todas as regiões, bem como a importância igualmente essencial e interconectada de todos os ecossistemas.
5. Incidência Nacional
- Plano Clima Nacional: O Plano Clima Nacional, formalmente conhecido como Plano Nacional sobre Mudança do Clima, é o principal instrumento de planejamento do governo brasileiro para orientar ações e programas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas no país. Criado em 2008 e atualizado periodicamente, o plano estabelece metas e diretrizes para reduzir emissões de gases de efeito estufa, conservar florestas e biomas, promover a transição energética e fortalecer a resiliência de comunidades e setores econômicos frente aos impactos climáticos. Ele integra políticas setoriais e busca alinhar o Brasil aos compromissos internacionais assumidos no âmbito da UNFCCC e do Acordo de Paris.
Desde 2024, o Governo Brasileiro tem promovido uma série de debates para atualizar a nova versão do Plano Clima Nacional, que será apresentada em 2025 com objetivos e metas para até 2035. A APIB reivindicou a organização de oficinas com participação de lideranças indígenas de todos os biomas, para que as contribuições e demandas indígenas fossem incorporadas tanto no Plano Clima Adaptação (oficina da Setorial Indígena realizada em setembro de 2024), quando no Plano Clima Mitigação (oficina com participação dos Povos Indígenas realizada em julho de 2025). Tais demandas estão apresentadas na NDC Indígena, sendo que o principal objetivo é que o Plano Clima Mitigação incorpore metas específicas de demarcação de territórios indígenas como política de mitigação climática, e que o Plano Clima Adaptação incorpore a implementação integral da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI) como política de adaptação climática.
- Criação do Programa de Proteção de Terras Indígenas (PPTI): Ao longo de 2025, a APIB e suas organizações regionais de base, em parceria com o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), promoveram a construção de um novo programa nacional voltado à demarcação e proteção de terras indígenas, bem como ao fortalecimento das organizações políticas e dos mecanismos financeiros dos povos indígenas — o Programa de Proteção de Terras Indígenas (PPTI).
A criação do PPTI se inspira na experiência bem-sucedida do PPG7 (Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil), lançado nos anos 1990 a partir da influência da agenda internacional gerada pela ECO-92, no Rio de Janeiro. O PPG7 foi o maior programa de cooperação ambiental internacional de seu tempo, reunindo o Brasil e os países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido). Entre seus subprogramas mais relevantes destacaram-se o PDPI (Projeto Demonstrativo dos Povos Indígenas) e o PPTAL (Projeto de Proteção das Terras Indígenas da Amazônia Legal), que operou entre 1995 e 2009.
O PPTAL foi responsável pela demarcação de cerca de 90 Terras Indígenas, somando mais de 60 milhões de hectares na Amazônia Legal. Foi também inovador ao adotar uma governança tripartite, com participação direta do movimento indígena: a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) representava o movimento indígena amazônico; a Funai, o Governo Brasileiro; e a cooperação alemã GTZ (atual GIZ), a Cooperação Internacional do G7.
Inspirada, portanto, pela influência da agenda internacional — que na década de 1990 motivou a criação do PPG7, do PDPI e do PPTAL —, a APIB busca fazer da COP30 um marco capaz de gerar um legado concreto e duradouro para a proteção dos territórios indígenas e o fortalecimento do movimento indígena, por meio da criação do PPTI.
A construção do PPTI se deu ao longo de 2025, por meio de três oficinas e um seminário nacional, além de diversas reuniões e entrevistas. O processo foi conduzido de forma coletiva pela APIB, suas organizações regionais de base, o MPI e a Funai. Nesses encontros, definiu-se que o PPTI terá abrangência nacional, gestão tripartite — entre o movimento indígena, o Governo Brasileiro (por meio do MPI, Funai e órgãos correlatos) e a cooperação internacional — e será estruturado em três eixos programáticos principais:
- Demarcação de Territórios Indígenas
- Gestão Territorial e Ambiental de Territórios Indígenas
- Fortalecimento de Organizações Políticas e Mecanismos Financeiros Indígenas
O anúncio oficial do PPTI será realizado na COP30. Acompanhe nossa programação e redes sociais para estar por dentro dos próximos passos relacionados ao lançamento e implementação do PPTI.
6. Enfrentamento aos retrocessos e ameaças aos direitos indígena
Além da crise climática, enfrentamos um desmonte articulado dos nossos direitos. A Câmara de Conciliação do Supremo Tribunal Federal (STF), conduzida sem a participação da APIB, abriu um perigoso precedente ao permitir a reescrita do capítulo dos direitos indígenas da Constituição de 1988 sem convocar uma nova Constituinte. Em vez de reconhecer a inconstitucionalidade da Lei nº 14.701/2023 (Lei do Genocídio Indígena), optou-se por propor um projeto de lei complementar que autoriza atividades predatórias em nossos territórios, enfraquece o direito à consulta livre, prévia e informada, criminaliza as retomadas e altera o processo de demarcação — favorecendo o agronegócio, a mineração e os interesses privados sobre nossas terras e nossas vidas.
No Mandado de Injunção 7490, o STF ainda estabeleceu um prazo de 24 meses para que o Congresso Nacional regulamente a mineração em Terras Indígenas. Ao deslocar esse debate para negociações conduzidas sem a nossa presença, o Estado tenta transformar nossos territórios de vida em ativos econômicos, negando as dimensões coletivas, espirituais e ancestrais que sustentam nossa existência enquanto povos originários.
Nesse mesmo movimento, foi criado no Senado um Grupo de Trabalho liderado pela senadora Tereza Cristina, com o objetivo de apresentar um projeto de regulamentação da pesquisa e da lavra mineral em Terras Indígenas, tomando como base propostas que chegam a legalizar o garimpo, como os Projetos de Lei (PL) 1331/2022 e 6050/2023. Sob a retórica neodesenvolvimentista, busca-se normalizar a violação de nossos direitos, expandindo conflitos, invasões e violências contra nossos povos e territórios.
No Congresso Nacional, essa ofensiva se materializa em um conjunto de propostas legislativas que compõem o mesmo projeto político: a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 48/2023, que pretende incluir o Marco Temporal na Constituição Federal do Brasil; a PEC 132/2015, que prevê indenização a invasores de terras indígenas; o PL 6093/2023, que amplia o poder do Congresso sobre a homologação e o regramento das demarcações; além da Lei 15.190/2025, que desmonta o licenciamento ambiental; do PL 4039/2024, que criminaliza retomadas; e do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 717/2023, que tenta sustar demarcações homologadas pelo Presidente Lula.
Tudo isso faz parte de um mesmo projeto de poder: desmontar a proteção constitucional das Terras Indígenas para liberar nossas terras ao capital mineral, agroexportador e financeiro. Mas esses retrocessos não dizem respeito apenas aos povos indígenas — eles ameaçam o futuro do planeta. Sem territórios indígenas demarcados e protegidos, o colapso ambiental se acelera, e seus efeitos atingirão não só nossas comunidades, mas toda a humanidade. Serão as próximas gerações que herdarão um mundo mais quente, mais desigual e mais hostil à vida.
Por isso, defender os territórios indígenas é defender o clima, nossos ecossistemas e o futuro da Terra. Para proteger nossos povos, nossos territórios e toda a vida no planeta, exigimos:
- Demarcação imediata
Demarcação de todos os territórios indígenas pendentes de demarcação, com priorização imediata das 107 Terras Indígenas que aguardam portaria declaratória ou homologação.
- Proteção contínua e integral
Instituição de uma política permanente de proteção territorial, com fiscalização e desintrusão contínuas — não ações pontuais.
- Consulta e direitos
Cumprimento da Convenção 169 da OIT, garantindo Consulta Prévia, Livre e Informada antes de qualquer decisão que possa impactar os territórios e direitos indígenas, incluindo o reconhecimento e respeito ao direito de veto por parte dos povos indígenas.
- Revogação já
Revogação da Lei 14.701/23, que tenta legitimar o Marco Temporal e viola direitos constitucionais (saiba mais sobre o Marco Temporal aqui).
A COP30 é a oportunidade de transformar promessas em políticas concretas com benefícios reais para toda a população e gerações futuras do planeta. Exigimos respeito aos direitos indígenas e ação imediata.
7. Comunicação e Campanha: A Resposta Somos Nós
A campanha “A Resposta Somos Nós” é um chamado global por justiça climática e defesa da vida, que nasce como proposta do movimento indígenas e inúmeros movimentos sociais rumo à COP30. Criada pela COIAB em junho de 2024, a campanha progressivamente se torna nacional e global, unindo povos indígenas, comunidades tradicionais, movimentos sociais e aliados globais em torno de pautas comuns contra a crise climática. A campanha apresenta seis demandas / respostas comuns e coletivas dos movimentos sociais a nível global, as quais são criadas a partir das demandas dos territórios:
1. DIREITOS TERRITORIAIS = AÇÃO CLIMÁTICA: Território é vida, clima e futuro. Sem reforma agrária, demarcação, titulação, regularização fundiária, desintrusão imediata e proteção integral, não haverá florestas nem ecossistemas essenciais para conter o colapso climático. Proteger os territórios é proteger toda a vida no planeta.
2. DESMATAMENTO ZERO: O desmatamento é uma das maiores fontes de emissões de carbono do mundo. Ele destrói os ecossistemas que regulam o clima global e ameaça os povos que vivem da e para a terra. Frear essa destruição é uma urgência para todos os que lutam por justiça climática – onde quer que estejam.
3. NÃO AOS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS! NÃO À MINERAÇÃO EM NOSSOS TERRITÓRIOS!: Os combustíveis fósseis – petróleo, gás e carvão – são a principal causa da crise climática global. Essa indústria bilionária precisa ser desmontada. Rejeitamos mineração e projetos de transição energética que violam territórios e vidas. Exigimos uma transição justa, soberana e que coloque a vida acima do lucro.
4. PROTEÇÃO DOS DEFENSORES! PROTEÇÃO DOS NOSSOS MODOS DE VIDA!: Chega de violência, silenciamento e impunidade. Quem protege a terra, águas, florestas e o clima precisa de proteção integral — agora. Nenhuma política climática será justa enquanto houver violência contra quem protege os biomas. Justiça e responsabilização já!
5. ACESSO DIRETO AO FINANCIAMENTO CLIMÁTICO: Os recursos para enfrentar a crise climática devem ir direto para quem está na linha de frente: povos da floresta, das águas, do campo e das cidades. Nada de burocracia colonial ou intermediários que desconhecem os territórios. Os repasses climáticos devem ser diretos aos fundos territoriais dos Povos.
6. PARTICIPAÇÃO COM PODER REAL: A COP30 será na Amazônia. Exigimos presença digna, permanente e com poder real nas decisões. Não aceitaremos ser figurantes de uma encenação que decide o destino do clima — e de nossas vidas — longe de nós. Justiça climática se constrói com participação real, não a portas fechadas.
Documentos e declarações oficiais da APIB para a COP30
A luta dos povos indígenas é coletiva e global, orientada a partir dos nossos territórios, de baixo para cima. Da mesma maneira, construímos nossa incidência para a COP30. Essa incidência também incorpora o acúmulo histórico de debate coletivo do movimento indígena, notadamente através de nossa assembleia nacional anual, o Acampamento Terra Livre (ATL).
Ao longo de 2025, nos reunimos em diversos momentos para debater e construir conjuntamente nossas exigências e expectativas para a COP30. Confira abaixo os principais documentos e declarações oficiais da APIB para a COP30:
NDC dos Povos Indígenas do Brasil
Publicada em 04 de agosto de 2025 por:
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB); Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME); Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste (ARPINSUDESTE); Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (ARPINSUL); Assembléia Geral do Povo Kaiowá e Guarani (Aty Guasu); Comissão Guarani Yvyrupa (CGY); Conselho do Povo Terena; Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).
Declaração de Brazzaville – Nosso compromisso com os povos, nossos territórios, o planeta e as parcerias: Um caminho unificado tumo à COP30 e além
Assinado em 10 de junho de 2025 por:
a Aliança dos Povos Indígenas do Arquipélago da Indonésia (AMAN); a Aliança Mesoamericana de Povos e Florestas (AMPB); a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB); o G9 dos Povos Indígenas da Bacia Amazônica; e a Rede de Populações Indígenas e Locais para a Gestão Sustentável dos Ecossistemas Florestais da África Central (REPALEAC).
Declaração Política dos Povos Indígenas da Bacia Amazônica e de todos os Biomas do Brasil para a COP30
Assinada em 5 de junho de 2025 por:
a Confederação das Nacionalidades Indígenas da Amazônia Equatoriana (CONFENIAE); a Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana (AIDESEP); a Organização Nacional dos Povos Indígenas da Amazônia Colombiana (OPIAC); a Organização dos Povos Indígenas do Suriname (OIS); a Associação dos Povos Ameríndios (APA); a Organização Regional dos Povos Indígenas do Amazonas, Venezuela (ORPIA); a Confederação dos Povos Indígenas da Bolívia (CIDOB); a Federação das Organizações Autóctones da Guiana Francesa (FOAG); a Nacionalidade Waorani do Equador (NAWE); a Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA); a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB); a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME); a Assembleia Geral do Povo Kaiowá e Guarani (ATY GUASU); a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY); a Articulação dos Povos Indígenas da Região Sudeste (ARPINSUDESTE); a Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (ARPINSUL); o Conselho Indígena de Roraima; a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (APOIANP); a Federação Estadual dos Povos Indígenas do Pará (FEPIPA); a Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (COAPIMA); a Articulação dos Povos Indígenas do Tocantins (ARPIT); a Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (FEPOIMT); a Organização dos Povos Indígenas de Rondônia e Noroeste de Mato Grosso (OPIROMA); o Movimento Indígena do Acre; a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas da Amazônia (APIAM); a União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB); e o Fundo Indígena da Amazônia Brasileira (Podáali).
Declaração do Encontro Regional dos Povos Indígenas e dos Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil e da Bacia Amazônica para a COP30
Assinada em 25 de abril de 2025 por:
a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB); o G9 da Bacia Amazônica; e o Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT).
NDC dos Povos Indígenas do Brasil
Publicada em 04 de agosto de 2025 por:
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB); Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME); Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste (ARPINSUDESTE); Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (ARPINSUL); Assembléia Geral do Povo Kaiowá e Guarani (Aty Guasu); Comissão Guarani Yvyrupa (CGY); Conselho do Povo Terena; Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).
Declaração de Brazzaville – Nosso compromisso com os povos, nossos territórios, o planeta e as parcerias: Um caminho unificado tumo à COP30 e além
Assinado em 10 de junho de 2025 por:
a Aliança Global de Comunidades Territoriais (GATC); a Aliança dos Povos Indígenas do Arquipélago da Indonésia (AMAN); a Aliança Mesoamericana de Povos e Florestas (AMPB); a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB); o G9 dos Povos Indígenas da Bacia Amazônica; e a Rede de Populações Indígenas e Locais para a Gestão Sustentável dos Ecossistemas Florestais da África Central (REPALEAC).
Declaração Política dos Povos Indígenas da Bacia Amazônica e de todos os Biomas do Brasil para a COP30
Assinada em 5 de junho de 2025 por:
a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB); a Confederação das Nacionalidades Indígenas da Amazônia Equatoriana (CONFENIAE); a Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana (AIDESEP); a Organização Nacional dos Povos Indígenas da Amazônia Colombiana (OPIAC); a Organização dos Povos Indígenas do Suriname (OIS); a Associação dos Povos Ameríndios (APA); a Organização Regional dos Povos Indígenas do Amazonas, Venezuela (ORPIA); a Confederação dos Povos Indígenas da Bolívia (CIDOB); a Federação das Organizações Autóctones da Guiana Francesa (FOAG); a Nacionalidade Waorani do Equador (NAWE); a Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA); a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB); a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME); a Assembleia Geral do Povo Kaiowá e Guarani (ATY GUASU); a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY); a Articulação dos Povos Indígenas da Região Sudeste (ARPINSUDESTE); a Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (ARPINSUL); o Conselho Indígena de Roraima; a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (APOIANP); a Federação Estadual dos Povos Indígenas do Pará (FEPIPA); a Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (COAPIMA); a Articulação dos Povos Indígenas do Tocantins (ARPIT); a Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (FEPOIMT); a Organização dos Povos Indígenas de Rondônia e Noroeste de Mato Grosso (OPIROMA); o Movimento Indígena do Acre; a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas da Amazônia (APIAM); a União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB); e o Fundo Indígena da Amazônia Brasileira (Podáali).
Declaração do Encontro Regional dos Povos Indígenas e dos Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil e da Bacia Amazônica para a COP30
Assinada em 25 de abril de 2025 por:
a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB); o G9 da Bacia Amazônica; e o Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT).
últimas
notícias
From Brasília, a call for governments to work for indigenous peoples of the world towards COP30
Indigenous Peoples of Brazil met with over a dozen of Brasilia's ambassadors to call on governments to support their agenda towards COP30 with swift action to stop deforestation and violence in indigenous lands. April, 2024.- Brazil's indigenous movement is seeking...
read moreSaiba mais sobre a campanha “A Resposta Somos Nós” → https://arespostasomosnos.org/
Siga a APIB nas redes sociais → https://www.instagram.com/apiboficial/
Apoie a APIB → https://apiboficial.org/apoie/
Acompanhe
ADVOCACIA INDÍGENA
MOBILIZAÇãO INDÍGENA

